Um planograma bem-feito é um dos atalhos mais rápidos para vender mais usando exatamente o mesmo espaço de loja que você já tem. Quando o planograma é mal pensado, o resultado aparece na hora: ruptura, encalhe de produtos e cliente confuso, que sai sem comprar tudo o que poderia.
A seguir, veja os 10 erros fatais mais comuns na criação de planogramas de supermercados e como evitá-los, mesmo que você esteja começando do zero.
1. Ignorar dados de vendas e giro
Criar o planograma “no olho”, sem considerar histórico de vendas, margem e giro, faz produtos campeões de venda perderem espaço para itens de baixa saída. Isso derruba o faturamento por metro linear e aumenta o risco de ruptura justamente nos itens que mais giram.
Para evitar esse erro:
- Use relatórios do seu sistema para saber quais SKUs têm maior venda e margem.
- Dê mais frentes e melhores alturas aos itens de maior demanda.
- Deixe produtos de baixo giro em posições secundárias, mas ainda visíveis.
2. Copiar planograma padrão para todas as lojas
Aplicar um planograma único para todas as unidades, sem olhar layout, perfil de público e fluxo, costuma gerar espaços mal aproveitados e gôndolas pouco funcionais. Uma mesma categoria pode ter desempenho totalmente diferente em bairros distintos.
Como corrigir:
- Adapte o planograma ao layout de cada loja (largura de gôndola, corredores, visão de entrada).
- Ajuste profundidade, número de frentes e mix conforme o potencial de venda de cada ponto.
- Use um “modelo base” e crie variações por tipo de loja (grande, médio, vizinhança).
3. Esquecer o comportamento do consumidor
Organizar a gôndola apenas por preferência interna da loja, sem considerar o jeito que o cliente pensa e navega, gera uma exposição confusa. O shopper não encontra o que procura, passa reto por produtos estratégicos e reduz o ticket médio.
Boas práticas:
- Agrupe por lógica de compra: categoria → subcategoria → marca → variação.
- Mantenha itens de uso conjunto próximos (ex.: massa, molho, queijo ralado).
- Pense na jornada: o cliente precisa “entender” a gôndola só de bater o olho.
4. Não alinhar planograma e layout da loja
Ter um planograma “lindo no papel”, mas que não conversa com o layout real (fluxo, entrada, caixas, ilhas) compromete a experiência de compra. Produtos estratégicos podem acabar em áreas mortas, com pouco fluxo.youtube
Como evitar:
- Mapeie a jornada do cliente desde a entrada até o caixa e identifique pontos quentes e frios.
- Posicione categorias de maior interesse e margem em áreas de maior tráfego.
- Coloque itens de necessidade básica mais ao fundo, para aumentar exposição a outros produtos.
5. Desconsiderar altura ideal por categoria
Se o planograma não define a altura correta para cada produto, itens importantes podem ficar “escondidos” no rodapé ou no topo da gôndola. Isso reduz a venda de produtos-chave e prejudica a percepção de sortimento.
Regras simples:
- Nível dos olhos: itens de maior margem ou alta demanda.
- Faixa intermediária inferior: produtos de giro consistente e de maior volume.
- Rodapé: embalagens grandes e pesadas (água, fardos, etc.).
- Topo: excesso de estoque, produtos sazonais ou de menor prioridade.
6. Não atualizar o planograma com frequência
Mercado muda, mix muda, comportamento de consumo muda – mas muitos supermercados deixam o mesmo planograma “eterno”, sem revisão. Isso gera exposição de produtos que já não vendem tão bem e pouco espaço para lançamentos.
O que fazer:
- Revise o planograma periodicamente (mensal ou trimestral) com base em vendas e rupturas.
- Ajuste espaço para itens que cresceram ou caíram de giro.
- Documente versões e comunique as mudanças ao time de loja.
7. Não treinar a equipe para seguir o planograma
Um dos erros mais graves: criar um bom planograma, mas não garantir que a equipe entende e executa. Sem treinamento, cada repositor “monta do seu jeito”, gerando diferenças entre lojas e perda de padrão.
Como corrigir:
- Faça apresentações simples com imagens das gôndolas “como deve ficar”.
- Deixe o planograma acessível (impresso ou em sistema) para promotores e repositores.
- Realize checklists de auditoria periódica para verificar aderência.
8. Não considerar estoque, validade e ruptura
Planograma que não conversa com gestão de estoque e validade vira só um desenho bonito. Se o espaço de gôndola não acompanha o giro, você terá rupturas em alguns itens e excesso parado em outros.
Boas práticas:
- Defina frentes e profundidade considerando o giro diário e o tempo de reposição.
- Use o planograma como guia para controle de validade, garantindo acesso fácil ao produto mais antigo.
- Integre informações de planograma, estoque e compras para evitar falta e excesso.
9. Exagerar no sortimento da categoria
Colocar “toda” a variedade existente de uma categoria na mesma gôndola pode confundir o cliente e diluir vendas entre muitos SKUs. Isso também dificulta a leitura visual e aumenta a complexidade da reposição.
Como melhorar:
- Trabalhe um sortimento enxuto e relevante, priorizando marcas líderes e SKUs que realmente giram.
- Crie blocos claros por marca e gramatura/sabor.
- Deixe os itens “estrela” com mais frentes e destaque.
10. Não medir resultados do planograma
Sem medir o impacto do planograma nas vendas, tudo vira tentativa e erro sem aprendizado. Muitos varejistas implementam mudanças e não acompanham indicadores para saber se melhorou ou piorou.
Indicadores para acompanhar:
- Vendas por metro linear da categoria.
- Ruptura (quantidade de vezes sem produto na gôndola).
- Giro de estoque e margem da categoria.
- Tempo médio para reposição e acuracidade de exposição.
Do planograma bonito ao planograma que vende
Um planograma eficiente não é só um desenho: é uma ferramenta estratégica de Trade Marketing para organizar gôndolas, guiar o time de loja e aumentar vendas com inteligência. Ao evitar esses 10 erros, seu supermercado passa a usar melhor cada centímetro de prateleira e entregar uma experiência de compra clara e agradável.
Comece ajustando uma categoria por vez, medindo resultados e evoluindo continuamente, em vez de tentar mudar a loja inteira de uma só vez.
Mas lembre, planograma bonito não paga conta.
O que paga é planograma que vende, protege margem e garante giro.
É aqui que entram as ferramentas da Web Jasper:
- Dados reais, direto do ERP: nada de achismo ou feeling. O sistema lê giro, margem, curva ABC e shelf life para montar o planograma perfeito.
- Planogramas vivos e dinâmicos: não são desenhos estáticos. São layouts que se atualizam conforme vendas, validade e mix, garantindo execução inteligente.
- Gestão por categorias automatizada: cada produto ocupa o espaço certo, na quantidade certa, no momento certo.
- Margem e lucro assegurados: o produto mais lucrativo ganha destaque, evitando ruptura e maximizando rentabilidade.
- Padronização em toda a rede: todas as lojas executam igual, sem depender de interpretação humana.
Resultado:
O planograma deixa de ser uma tarefa manual e vira uma máquina de vendas baseada em dados, capaz de transformar cada gôndola em margem, lucro e participação de mercado.
FAQs sobre planograma em supermercados
1. Com que frequência devo revisar o planograma da loja?
Pelo menos a cada 3 meses ou sempre que houver mudanças importantes no mix, no comportamento do cliente ou nos resultados de venda da categoria.
2. Preciso de software para criar planograma ou posso fazer em Excel?
É possível começar com ferramentas simples, como Excel ou desenhando à mão, mas softwares específicos facilitam o controle por loja, a atualização e a comunicação com o time.
3. Planograma serve apenas para grandes redes ou também para supermercados de bairro?
Planograma traz ganho de organização, exposição e venda tanto para grandes redes quanto para supermercados de vizinhança, apenas com níveis diferentes de detalhamento.
Revise hoje uma categoria importante do seu supermercado usando esses 10 pontos como checklist e faça pelo menos um ajuste de espaço ou altura ainda esta semana. Se tiver dúvidas sobre como adaptar o planograma à sua realidade, deixe um comentário com o tamanho da sua loja e principais categorias que deseja melhorar.
“Você pode entrar na era da IA, modernizar e otimizar sua rede baseado nos dados do seu ERP, personalizando cada loja conforme a localidade de cada unidade.




